BONITO, NÃO É QUE É BONITO MESMO!

Postado por: Arestides Porangaba | 22/01/2019

Bonito, não é que é bonito mesmo!

Há algumas semanas recebi convite extremamente prazeroso dos companheiros ciclistas Francisco Silva e Antônio Facchinetti: conhecer e pedalar em Bonito, Pernambuco. Convite feito, convite aceito.

Constituído o grupo de amigos ciclistas – Ana Paula Brandão, Eduardo Maia, Antônio Facchinetti, Antônio de Pádua, Ivone Luz, Francisca Bomfim, Francisco Silva, Juliane Quixabeira, Raimundo Pereira (Luiz Lula), Marcos Rodrigues, Sueli Bizarria e Arestides Porangaba –, viajamos em 11 de janeiro rumo a Bonito. A viagem proporcionou maior e melhor conhecimento entre alguns integrantes do grupo, que pela primeira vez se encontravam.

Viagem tranquila, chegada também tranquila, e arrumações das acomodações mais tranquilas ainda. Aguardávamos uma estadia e uma aventura que fossem desfrutadas por todos nós de maneira maravilhosa.

Vale a pena deixar registrada a primeira noite do grupo, regada a bons vinhos espanhóis e chilenos para acompanhar uma massa ao molho de sardinha, atum e tomates italianos – mesmo a massa tendo passado um pouco do ponto, foi degustada por todos com elogios. Muitos papos, muitas conversas, muitos desabafos, muitos descarregos, muitas gargalhadas e lá para tantas fomos todos dormir, com o aviso do nosso líder Francisco Silva de que tínhamos de nos levantar às 5:30.

Sem maiores delongas, depois do nosso café saímos em direção a Bonito para nos encontrarmos com nosso guia Jean – estávamos hospedados em Camocim de São Felix. Últimas preparações e finalmente iniciamos o nosso tão esperado pedal em direção a matas, rios, cachoeiras, subidas, descidas ... aventuras...

Sem muita cerimônia e considerando o fato que já se iniciava um chuvisco forte, nosso guia Jean nos conduziu por uma estrada de paralelepípedo, com uma inclinação de dar dor na barriga, durante seus quase 2,5 km de extensão.

Objetivando registrar nossas pedaladas Jean anotou a seguinte sequência: Caldo de Cana Mirante, Hotel Refúgio Rio Bonito, Banho da Zuada, Reserva da Mata da Chuva, Bica do Amor, Cachoeira do Véu da Noiva, Cachoeira da Gruta e Cachoeira da Pedra Redonda. Excelente caldo de cana, Hotel lindo e aconchegante para degustação de frutas, paisagens e visuais belíssimos que deixaram todos nós impressionados e maravilhados. Tudo visto tudo admirado e muitos de nós a reclamar das subidas e das empurradas das bikes... inclusive eu.

Próximos à Cachoeira da Pedra Redonda, em uma descida íngreme e sinuosa, ocorreu o que nenhum de nós esperávamos: nosso líder e amigo Francisco Silva sofreu uma queda séria ao deslizar em uma pedra enlameada. Sofreu torção no ombro... muitas dores... relaxamento. Todos nos preocupamos, mas com o passar do tempo ele foi se recuperando, e acabamos conseguindo chegar até o local onde iriamos almoçar – ao lado da Cachoeira Pedra Redonda.    

Ao chegarmos na Cachoeira Pedra Redonda, local predeterminado para realizarmos nosso almoço, começou o momento mais complicado de nossa aventura: o chuvisco se transformou em um grandiosíssimo temporal que nos deixou bastante apreensivos e nos fez aguardar um bom tempo para retornarmos.

A intensidade da chuva e do vento não permitiu que voltássemos a pedalar. As estradas estavam enlameadas e a continuidade das chuvas transformava-as em estradas escorregadias e mais perigosas ainda, não oferecendo condições mínimas para pedalar. Tivemos de empurrar nossas bikes até encontrarmos um caminhão que Jean conseguiu para levar-nos de volta até Bonito.

O retorno para Bonito de caminhão acabou se transformando em uma gostosa resenha, para todos nós, mesmo lamentando a não continuidade do passeio programado pelas cachoeiras restantes.

Outro momento muito agradável estava reservado para a segunda noite na casa hospedagem: depois de todos banhados e relaxados, fomos degustar outra rodada de vinhos acompanhados de queijos e churrasco variado, preparado pelo companheiro Antônio de Pádua. Tudo delicioso... Momentos inesquecíveis, histórias e mais histórias, descontração, risadas e gargalhadas e, para alguns, banhos de piscina com água morna.

No domingo todos acordaram dispostos, entretanto, considerando a experiência do dia anterior e as perspectivas que se apresentavam para o dia, relativas ao tempo chuvoso e ao retorno de dois carros para Maceió, com sete companheiros, o grupo resolveu solicitar ao guia Jean que nos conduzisse para conhecer a cidade de Bonito e seus locais mais significativos. Assim foi feito. Pedalando fomos conhecer a Igreja de São Cristóvão, Bairro da Cachoeira, Alto da Matriz Nossa Senhora da Conceição (Padroeira de Bonito), Teleférico Eduardo Campos, Praça São Sebastião e Praça do “D” – O Sobrado.

Além de ser conhecida por suas trilhas, cachoeiras e um visual maravilhoso, Bonito oferece outras possibilidades de lazer admiradas por um montão de gente aventureira tais como Rapel, Trekking, Tirolesa, Escalada, etc.

No domingo retornaram a Maceió sete companheiros, e cinco ficaram para retornarem na segunda-feira.

Retornei no grupo de domingo com a sensação de que devo voltar a Bonito para completar o que deixei de fazer.

Autor do post

Arestides Porangaba

http://www.bikeandoalhures.com.br

78 anos, Consultor Empresarial em atividade, apaixonado pela Magrela e Criador do Blog Bikeando Alhures.